Imposto de Renda: tudo o que você precisa saber para declarar sem dor de cabeça

Chegou a hora de colocar a mão na massa e fazer a sua declaração de Imposto de Renda. Se o assunto ainda parece complicado, relaxa. Vamos explicar de forma simples, mostrar onde achar os documentos e apontar os erros mais comuns que podem custar caro.

Quando e como começar a declaração

O prazo oficial costuma abrir em março e fechar no final de abril. Não deixe para a última semana, porque o site da Receita pode ficar sobrecarregado. Baixe o programa da Receita ou use o aplicativo, que já vem com campos preenchidos automaticamente se você fez a declaração no ano anterior.

Antes de abrir o programa, reúna os informes de rendimentos que você recebeu de empregadores, bancos, corretoras e outros. Eles são a base de tudo e evitam ter que corrigir depois.

Deduções que realmente valem a pena

Algumas despesas podem baixar o valor que você vai pagar ou até gerar restituição. Saúde, educação, pensão alimentícia e contribuição à previdência oficial são as principais. Guarde recibos, notas fiscais e comprovantes porque a Receita pode solicitar.

Não se esqueça das despesas com dependentes. Cada filho, cônjuge ou idoso na sua casa gera um abatimento fixo. Se o dependente estudou, inclua também os gastos com mensalidades.

Para quem investe, o informe de rendimentos de corretoras já traz os impostos já retidos. Basta copiar os valores para a aba correta do programa.

Se você tem dúvidas sobre o que pode ou não deduzir, dê uma olhada na tabela oficial da Receita – está no próprio programa, na seção de dúvidas frequentes.

Um erro clássico é esquecer de informar os rendimentos de aluguéis ou de trabalho autônomo. Se você recebeu dinheiro aí, declare na parte de “Rendimentos Recebidos de Pessoa Física”. Não fazer isso pode gerar multa de até 20% sobre o valor omitido.

Outra pegadinha: o programa pode calcular automaticamente o imposto devido, mas ele não corrige informações incoerentes. Por exemplo, se você colocar salário acima de 30 mil reais mensais sem explicar a origem, o sistema vai sinalizar. Revise tudo antes de enviar.

Depois de revisar, clique em "Transmitir" e guarde o recibo de entrega. Ele serve como comprovante de que você enviou a declaração dentro do prazo.

Se o programa disser que você tem imposto a pagar, a data de vencimento costuma ser o mesmo dia da entrega, mas é possível parcelar em até oito vezes usando o DARF gerado pelo sistema.

Se a sua situação é mais complexa, como ganhos no exterior ou bens em nome de terceiros, vale a pena consultar um contador. O custo do profissional costuma ser menor que a multa por erro.

Por fim, fique de olho na data da restituição. Normalmente a Receita devolve o que tem a pagar a partir de junho, seguindo ordem alfabética. Você pode acompanhar o status pelo site ou app da Receita usando o número do seu CPF.

Com essas dicas, fazer a declaração de Imposto de Renda fica bem mais tranquilo. Organize seus documentos, use o programa oficial e revise tudo antes de enviar. Boa sorte e até a próxima declaração!

Imposto de Renda: mudanças de Haddad que vão impactar milhões a partir de 2026

Fernando Haddad anunciou uma reforma do Imposto de Renda que entra em vigor em 2026. A faixa de isenção sobe para R$ 5 mil mensais e quem ganha até R$ 7 mil tem descontos parciais. Cerca de 90% dos atuais contribuintes serão beneficiados, com 20 milhões deixando de pagar o tributo. O governo propõe medidas para compensar a queda da arrecadação, como tributação mínima para rendas altas. Mudanças também alcançam investimentos financeiros e juros sobre capital próprio.