Um novo capítulo na história do Athletico-PR
No mundo das listas de artilheiros do Brasileirão, trudno achar uma marca tão emblemática quanto a de Washington em 2004. Naquele ano, o atacante conhecido como "Coração Valente" balançou as redes 34 vezes em uma única edição do campeonato nacional. Por quase 20 anos, torcedores e comentaristas lembravam do feito com reverência—especialmente porque o torneio de então, com 24 equipes e 46 rodadas, proporcionava oportunidades para marcas desse tamanho.
A cena mudou em maio de 2024, quando Pablo, então com 31 anos, escreveu seu nome no topo dessa lista ao anotar seu 35º gol pelo Athletico-PR em partidas de Brasileirão. O gol na vitória contra o Palmeiras não foi qualquer gol: veio em cobrança de falta desviada, garantindo três pontos importantes e levando o Furacão ao topo da tabela.
Pablo não só celebrou o feito como também refletiu sobre sua evolução em campo: "É algo que comecei a adicionar ao meu repertório mesmo depois de mais velho, mas nunca é tarde para tentar coisas novas." A frase diz muito sobre o atacante, que teve passagens marcantes, altos e baixos, e agora é referência para uma nova geração de torcedores atleticanos.
Recordes e comparações de duas eras
A ascensão de Pablo faz o torcedor olhar para o Athletico-PR de outros tempos. O topo da artilharia na era dos pontos corridos agora traz:
- Pablo — 35 gols
- Washington — 34 gols
- Paulo Baier — 33 gols
O contexto das realizações é bem diferente. Washington jogou uma edição extra longa do campeonato, numa época com mais jogos, mas também com adversários variando em força e estrutura. Pablo, em tempos de campeonatos mais enxutos e defesas cada vez mais estudadas, foi aumentando seus gols com resiliência e inteligência tática. O fato importante é que, ao ser comparado com ídolos do porte de Paulo Baier e Washington, Pablo crava sua importância na história atleticana.
Voltando ao passado, o levantamento sobre Washington não se limita ao recorde em um campeonato. O "Coração Valente" é até hoje o sétimo maior goleador do Brasileirão desde 1971, somando 126 gols por clubes como Fluminense, São Paulo e Athletico-PR. Ninguém esquece sua influência no título brasileiro do São Paulo em 2010 e nas campanhas marcantes do Furacão.
Com os olhos no presente e um olhar nostálgico para o passado, a torcida do Athletico-PR agora se acostuma a ver Pablo como referência máxima de artilharia rubro-negra no campeonato nacional. O feito mostra que, mesmo num esporte cheio de memória e tradição, sempre existe espaço para novas marcas e surpresas.
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