Demência por Corpos de Lewy: tudo o que você precisa saber
Quando falamos de Demência por Corpos de Lewy, um tipo de demência neurodegenerativa caracterizada por depósitos de proteína alfa-sinucleína no cérebro. Também conhecida como LBD, ela apresenta sintomas que se cruzam entre a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer. Essa sobreposição gera dúvidas, mas entender as diferenças principais ajuda a buscar o cuidado certo logo no início.
A Doença de Parkinson, um distúrbio motor que também pode envolver declínio cognitivo compartilha a presença dos corpos de Lewy, porém costuma começar com tremores e rigidez antes de afetar a memória. Já a Doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência, caracteriza‑se por placas beta‑amiloides e queda progressiva da memória. O demência por corpos de Lewy combina alterações motoras típicas do Parkinson com flutuações marcantes de atenção e alucinações visuais, criando um quadro clínico único.
Principais sinais e como reconhecê‑los
Os pacientes costumam relatar variações rápidas no nível de alerta ao longo do dia – um bom momento pode virar confusão em poucos minutos. Alucinações visuais são frequentes e muitas vezes benignas, mas podem gerar ansiedade se não forem explicadas. Problemas de sono, como movimentos bruscos durante o sono REM, também são sinais de alerta. Quando esses sintomas aparecem junto com rigidez ou lentidão nos movimentos, pensa‑se imediatamente na demência por corpos de Lewy.
O diagnóstico exige avaliação multidisciplinar. Neurologistas usam escalas de cognição, exames de neuroimagem e, às vezes, cintilografia de dopamina para detectar a perda de neurônios dopaminérgicos típica do Parkinson. Esses exames ajudam a diagnóstico, a diferenciar a demência por corpos de Lewy de outras demências e desordens motoras. Embora não haja biomarcador definitivo, a combinação de histórico clínico, exames de imagem e resposta a medicamentos orienta a decisão.
Quanto ao tratamento, não existe cura, mas há estratégias que aliviam os sintomas. Inibidores da colinesterase, como rivastigmina, podem melhorar a atenção e reduzir alucinações. Medicamentos para Parkinson, como levodopa, ajudam no controle motor, porém precisam ser ajustados para não piorar a confusão. Intervenções não farmacológicas – rotinas estruturadas, ambientes bem iluminados e apoio familiar – são fundamentais para manter a qualidade de vida.
Entender a demência por corpos de Lewy é o primeiro passo para buscar apoio adequado. Na sequência, você encontrará notícias, análises e dicas que abordam desde as últimas descobertas científicas até relatos de quem vive com a doença. Continue a leitura para descobrir como a comunidade médica está avançando no manejo dessa condição complexa e como você pode aplicar esse conhecimento no dia a dia.
- Por Diego Oliveira
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- 3 out 2025
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