Quando Deborah Secco, apresentadora da Globoplay lançou Terceira Metade na última sexta‑feira (18 de julho de 2025), o reality virou pauta quente nas redes e nas conversas de barra‑quinha. O programa, produzido em parceria com a Boxfish, propõe uma reflexão inesperada: e se o casal não fosse a única forma de se amar? Regina Navarro Lins, psicanalista e sexóloga, acompanha os participantes, oferecendo o pano de fundo teórico para a experiência que se desenrola na paradisíaca Bahia.
Contexto e proposta inovadora
O conceito de trio amoroso nunca foi tão explorado na TV brasileira. Enquanto os tradicionais programas de namoro focam na formação de pares, "Terceira Metade" traz quatro casais comprometidos e nove solteiros – apelidados de "Polyamores" – para uma mansão à beira‑mar na Costa do Dendê. A ideia, anunciada pela Globoplay em 12 de julho de 2025, surge numa época de debates intensos sobre monogamia, relacionamentos abertos e novas configurações familiares.
Como funciona o experimento amoroso
A dinâmica está dividida em três fases bem marcadas, que dão ritmo à narrativa ao longo de 11 episódios, com durações variando entre 49 e 74 minutos.
Mansão do Encontro
Na primeira etapa, chamada "Mansão do Encontro", os quatro casais conhecem os nove Polyamores. Cada casal tem a oportunidade de escolher até dois candidatos para avançar, enquanto os solteiros tentam se posicionar como a "terceira laranja" – referência ao popular "terço da laranja".
Condomínio do Amor
Os trios que conseguem química avançam para o "Condomínio do Amor", um espaço compartilhado onde convivem 24 horas por dia. Aqui, questões de rotina, ciúmes e comunicação são testadas em tempo real. Em episódios específicos, como o "Throuple Night" (episódio 2), surgem tensões entre Bia, Liah e Cielle que culminam em discussões acaloradas na área da piscina.
Decisão Final
Na reta final, cada trio deve decidir: permanecer como trio, voltar ao casal original ou se separar. A escolha é feita diante de uma cerimônia simbólica, lembrando os momentos decisivos de programas como "A Casa dos Famosos".
Reações do público e avaliação crítica
Desde a estreia, a série tem gerado polêmica e curiosidade. No IMDb, "Terceira Metade" coleciona 7,2/10, com 15 avaliações – número ainda pequeno, mas indicativo de engajamento. Nas redes sociais, o hashtag #TerceiraMetade explodiu, acumulando mais de 150 mil publicações em 48 horas. Críticos elogiam a coragem de trazer o tema da polyamoria ao mainstream, embora alguns apontem para a falta de profundidade nas entrevistas de terapeuta.
O que dizem os especialistas
Durante o evento de lançamento, Regina Navarro Lins explicou: "Estamos no meio de uma transição entre valores antigos e novos. O amor romântico, que sempre foi pensado como a união de duas pessoas que se tornam uma, começa a deixar de ser a única narrativa possível. O amor é uma construção social." A psicanalista ainda ressaltou que o experimento serve como laboratório para observar como a comunicação pode ser (re)construída quando mais de duas pessoas entram na dinâmica.
Próximos passos e possíveis desdobramentos
Com a temporada encerrada em 1º de agosto de 2025, a expectativa agora recai sobre o futuro dos trios formados. Alguns participantes já indicaram interesse em continuar a jornada em spin‑offs ou até mesmo em projetos de advocacy pela aceitação da polyamoria no Brasil. A Globoplay ainda não confirmou uma segunda temporada, mas rumores apontam para a possibilidade de adaptar o formato para outras cidades, trazendo novas paisagens brasileiras ao experimento.
Fatos rápidos
- Estreia: 18/07/2025, 06h01 (UTC)
- Produção: Globoplay em parceria com Boxfish
- Local: mansão em praia da Bahia
- Classificação: 16A16
- Nota no IMDb: 7,2/10 (15 votos)
Perguntas Frequentes
Como o programa define "polyamores"?
No contexto de "Terceira Metade", polyamores são os nove participantes solteiros que se apresentam como possíveis "terceiras metades" dos casais, ou seja, pessoas dispostas a viver um relacionamento com mais de duas pessoas simultaneamente.
Qual foi a reação da imprensa especializada?
Críticos culturais elogiaram a ousadia temática, mas alguns apontaram que o formato ainda privilegia o drama de entretenimento em detrimento de uma análise profunda das dinâmicas polyamorosas.
Quem são os principais especialistas envolvidos?
A psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins oferece acompanhamento psicológico, enquanto a apresentadora Deborah Secco conduz as provas e debates dentro da casa.
O programa está disponível para pessoas com deficiência visual?
Sim. Cada episódio inclui áudio descrição, recurso que permite que espectadores com baixa visão acompanhem as cenas com detalhes sonoros adicionais.
Existe chance de renovação da série?
Até o momento, a Globoplay não confirmou nova temporada, mas os índices de visualização e o debate nas redes sugerem que o formato pode ser retomado em outra região do Brasil.
celso dalla villa
Tá tudo bem curioso ver a TV mexer com tropa de amor.
Ismael Brandão
Que iniciativa incrível, Deborah! Realmente abre espaço para novas narrativas, e isso só pode enriquecer o debate, vamos torcer para que os participantes se sintam apoiados; a sociedade precisa de mais coragem como esta.
Andresa Oliveira
É ótimo ver um programa que traz à tona diferentes formas de amar, isso ajuda a gente a ser mais aberto e respeitoso com quem tem outras vivências.
Luís Felipe
Ao abordar a polyamoria, a Globoplay demonstra um avanço cultural que eleva o Brasil ao patamar das nações que promovem liberdade afetiva, deixando para trás os preconceitos antiquados que ainda insistem em dominar o discurso popular.
Gustavo Cunha
Curti a vibe da casa na Bahia, parece um retiro perfeito pra experimentar essas dinâmicas, só não dá pra negar que o tempero do drama vai ser intenso.
Cris Vieira
O formato dividido em três fases dá ritmo ao programa e permite observar as diferentes camadas da comunicação nos triângulos amorosos.
Paula Athayde
Finalmente um reality que quebra os grilhões da moral conservadora 🇧🇷💥! Aplaudo a coragem de colocar a polyamoria na tela nacional, mesmo que alguns críticos tentem diminuir a importância desse passo.
Ageu Dantas
Assistir a esse jogo de corações é como sentir um trovão interno que nunca se apaga.
Bruno Maia Demasi
Ah, o épico da tríade! Uma jornada ontológica onde a dialética do desejo colide com a hermenêutica do ciúme, tudo embalado por trilha sonora de novelas de madrugada. Quem diria que a metafísica encontraria seu lar na costa do Dendê?
Rafaela Gonçalves Correia
Não é à toa que o programa já virou ponto de partida para teorias sobre a manipulação midiática que, segundo alguns círculos obscuros, poderia estar ligada a interesses corporativos internacionais.
Enquanto a maioria vê apenas entretenimento, há quem argumente que o formato foi cuidadosamente arquitetado para introduzir, de forma subliminar, conceitos de liberdade afetiva que desafiam estruturas de poder tradicionais.
A presença da psicanalista Regina Navarro Lins pode ser interpretada como um véu de credibilidade, mas também como uma ferramenta para legitimar uma agenda que, em fundo, serve a agendas globais de desestabilização cultural.
Essa narrativa de ruptura com o monogamismo tradicional converge com a disseminação de aplicativos de encontros que, segundo certas teorias, são controlados por grandes conglomerados que lucram com a fragmentação dos laços sociais.
Em paralelo, a escolha da Bahia como cenário não é mera coincidência geográfica, mas um ponto estratégico que evoca a imagem idílica de um paraíso tropical, facilitando a aceitação do público.
Os produtores ainda lançam pistas sobre possíveis spin‑offs, o que pode ser visto como uma forma de prolongar o experimento social e observar os efeitos a longo prazo nas percepções da população.
Não podemos ignorar que, ao mesmo tempo, o governo tem mostrado interesse em apoiar projetos que reforçam a imagem de um Brasil aberto, o que pode servir de distração de questões econômicas mais prementes.
Dessa forma, a estreia de 'Terceira Metade' se encaixa em um quadro maior de “soft power” cultural, onde a mídia funciona como agente de transformação de valores.
Apesar de tudo isso, há quem acredite genuinamente que o programa poderá abrir caminhos reais para pessoas que buscam viver de forma mais autêntica.
É impossível negar que as reações nas redes sociais foram massivas, o que demonstra um pulso crescente da população por discussões mais amplas sobre o tema.
Entretanto, o elogio dos críticos à coragem do formato pode ser parte de um movimento maior de normalização que, ao final, beneficia certos grupos de interesse.
Vale lembrar que a própria Globo tem uma história de inovação que, às vezes, acaba servindo a propósitos que escapam ao olhar do cidadão comum.
Assim, quando a série chegar ao fim, será interessante observar quantos participantes realmente irão manter seus trios fora das câmeras.
Se eles continuarem a promover a polyamoria em projetos públicos, isso pode ser visto como um denominador comum que reforça a tese de um plano de longo prazo.
Em suma, o reality pode ser tanto um entretenimento quanto um experimento sociopolítico, e cabe a nós, enquanto espectadores, ficar atentos aos sinais que ele deixa para trás.
Davi Gomes
Vamos com tudo, que esse debate nos faz crescer!
Luana Pereira
A proposta apresenta elementos interessantes porém carece de profundidade analítica
Francis David
Observando os episódios, percebo que a convivência 24h revela tanto a fragilidade quanto a força dos vínculos, o que acrescenta uma camada realista ao experimento.
José Cabral
Concordo, Celso, e ainda acho que esse tipo de discussão pode abrir portas para mais representatividade nas telinhas.
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